Feliciano, eleito no início do mês para o cargo, é acusado por movimentos sociais de ser homofóbico e racista. Eles pedem a renúncia do parlamentar do comando da comissão. Feliciano nega as acusações e diz que apenas defende posições comuns aos evangélicos, como ser contra a união civil homossexual.
[Ailton de Freitas - 14.mar.13/Folhapress]
"É grave que tenha sido alçado ao posto a despeito de intensa mobilização da sociedade em repúdio a seu nome", diz a nota da Anistia.
O texto prossegue afirmando que a Anistia Internacional espera que os parlamentares brasileiros "reconheçam o grave equívoco cometido" com a indicação de Feliciano e "tomem imediatamente as medidas necessárias à sua substituição".
A Anistia afirma ser essencial que integrantes da comissão "sejam pessoas comprometidas com os direitos humanos e possuam trajetórias públicas reconhecidas pelo compromisso com a luta contra discriminações e violações" e que "direitos fundamentais não devem ser objeto de barganha política ou sacrificados em acordos partidários".
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Nota pública sobre a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados
A Anistia Internacional vem a público expressar sua preocupação com a permanência do Deputado Marco Feliciano na Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, mesmo após enorme mobilização de diferentes setores da sociedade brasileira, especialmente daqueles ligados às lutas pelos direitos de populações tradicionalmente vítimas de intolerância e violência, solicitando a sua substituição.
A Comissão de Direitos Humanos é uma instância fundamental para a efetivação das garantias de cidadania estabelecidas na Constituição. É essencial que seus integrantes sejam pessoas comprometidas com os direitos humanos e possuam trajetórias públicas reconhecidas pelo compromisso com a luta contra discriminações e violações que continuam a fazer parte do cotidiano da sociedade brasileira.
As posições claramente discriminatórias em relação à população negra, LGBT e mulheres, expressas em diferentes ocasiões pelo deputado Marco Feliciano, o tornam uma escolha inaceitável para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Proteção de Minorias. É grave que tenha sido alçado ao posto a despeito de intensa mobilização da sociedade em repúdio a seu nome.
A Anistia Internacional espera que os(as) parlamentares brasileiros(as) reconheçam o grave equívoco cometido com a indicação do Deputado Feliciano e tomem imediatamente as medidas necessárias à sua substituição. Direitos fundamentais não devem ser objeto de barganha política ou sacrificados em acordos partidários.
Anistia Internacional Brasil
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2 comentários:
James
eu discordo de muita coisa que o Marco Feliciano diz, mas nesse caso eu prefiro um cristão, mesmo que cheio de erros, a deixar a vaga para um militante gay, por exemplo, que eles(as) já estão louquinhos(as) para pegar um cargo desses. E de mais a mais, a Anistia Internacional e a turma do Jean Wyllys devia protestar contra a eleição de Renan Calheiros, fazer passeata pelo impeachment de Gilmar Mendes etc.
Abraços, parabéns pelo blog.
Georges
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Olá Georges,
Entendo sua posição, entretanto, a Palavra de Deus [contida na Bíblia] nos requer que sejamos zelosos pelo nome do SENHOR, e não é o caso deste religioso, que vez por outra, causa é escândalos, e detém até o apelido de "polêmico"...
Ora, como um cristão pode ser polêmico??
Devemos sim, trazer uma postura mansa e humilde diante as pessoas como aprendemos com o SENHOR.
Creio que, no caso desta comissão, se os homossexuais e a Anistia a querem, que fiquem, de nada trará de melhorias a nossa população que sofre pela miséria.
Fico feliz com sua participação.
Abraços.
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